São José Marello, um coração sensível à necessidade dos mais necessitados

São José Marello, um coração sensível à necessidade dos mais necessitados



São José Marello sempre teve um um coração sensível à necessidade dos mais necessitados.

Entre tantos outros que poderiam ser citados, transcrevemos a seguir três fatos de sua vida que evidenciam esta sua virtude.

Fato 01: São José Marello, sensível à necessidade dos pobres e marginalizados, desde sua infância se preocupava com os mais necessitados.

Virtude admirável era o seu coração sensível às necessidades dos pobres e marginalizados. Essa é comprovada quando certa vez o menino Marello viu um velho mendigo sendo ridicularizado pelos seus colegas e tomou energicamente a defesa deste pobre velho. Consolou-o e o conduziu até a sua casa e deu-lhe comida e roupas. Seu amor pelos pobres é ainda comprovado com um trecho escrito por ele em seu caderno que diz: ”Eu conheço um menino, um bom menino, que todo sábado leva seu vinho para um velho doente, e, nos dias festivos, separa para ele aquilo que tem um pouco a mais na mesa. Conheço outro que no lugar de muita coisa no café da manhã pede à sua mãe uma moedinha por dia e assim no domingo, com aquela poupança de uma semana, um velhinho pode ter um pouco de carne em sua mesa”. Quem o conheceu sabe que ele era tão caridoso para com os pobres que, às vezes, para socorrê-los, privava-se do seu café da manhã. Portanto o menino a que ele se referia no caderno era real, não fictício, era ele mesmo. Pe. Giovanni Battista Cortona lembra a sua caridade para com os pobres era tão manifestada que às vezes os ajudava, privando-se também de seu café da manhã. Por isso, aquele menino relatado em seu caderno queria indicar que realmente era ele.

Fato 02: São José Marello, sensível à necessidade de seu irmão, abre mão de sua parte na herança em su benefício.

No dia 17 de maio de 1873, morria aos 66 anos, Vincenzo Marello, pai de Giuseppe Marello. Deixava seus bens móveis e imóveis aos seus dois filhos. No dia 6 de julho do mesmo ano, Marello fazia o seu primeiro testamento deixando todos os bens patrimoniais que lhe cabiam ao seu irmão Vittorio. Esse seu testamento, ele o iniciava com as seguintes palavras: “... Eu, abaixo assinado, pobre pecador, considerando que a cada momento estou às portas da eternidade e que é preciso cada dia estar preparado para a morte...”. Nessas palavras ele faz uma profunda confissão de humildade e de fé. Seu testamento exprimia um completo desapego de todos os bens para poder viver voluntariamente a pobreza. Quando seu pai era vivo, ele pedia-lhe para dar aos outros, quando morreu o pai, deixou tudo e não só não pedia, mas se declarava pronto da dar tudo o que tinha.

Fato 03: Testemunho do Dom Ronco, por ocasião da apresentação de Dom Marello como novo Bispo de Acqui.

Na carta de apresentação de Marello como o novo bispo de Acqui, enviada, aos 28 de novembro de 1888, ao vigário Geral, Pe. Pagella, Dom Ronco o apresenta como um homem empenhado na causa dos pobres, particularmente, quando, em 1884 ele manifestou uma preocupação especial por eles em Santa Chiara com o funcionamento do Asilo que acolhia epiléticos, cegos, apopléticos, aleijados, bobos e velhos que não podiam se movimentar. Salientou também que Marello, no ano de 1885, tinha tomado a generosa decisão de ir morar no meio dos seus pobres, os quais ele amava com coração de pai. Finaliza a sua carta declarando-o: “uma pérola preciosa e uma bênção que Asti perde e que Acqui ganha. A sua vida é um constante exercício de virtudes, de zelo pela glória de Deus, para a saúde das almas e de obras misericordiosas pelos pobres. E todo este tesouro está escondido sob o invólucro da mais singela humildade...”


Fonte:Os fatos citados acima constam no livro:

SÃO JOSÉ MARELLO FOCADOEM ALGUMAS PARTICULARIDADES DE SUA VIDA

Pe. JOSÉ ANTONIO BERTOLIN, OSJ - Edição de 2009